O tempo para ser criança
20:58
O tempo que vivemos tem os
minutos e os segundos a correrem de forma acelerada. Tão depressa estamos a
iniciar uma nova semana, como estamos a chegar ao fim da mesma, num abrir e
piscar de olhos.
Quando eu era criança, os dias
passavam a um ritmo suave, compassado pelas estações. Tinha tempo para tudo: ir
à escola, fazer trabalhos de casa, brincar, passear…
O reflexo de uma sociedade sempre
ligada e em rede, em que tudo está cada vez mais virtualmente próximo, acaba
por nos afastar fisicamente uns dos outros.
Esta passada frenética
reflecte-se também na nossa gestão de actividades diárias, onde tentamos fazer
o máximo possível e o espaço para uma pausa, para ouvir o silêncio, para
olharmos para aqueles que amamos, fica demasiado reduzido.
As crianças de hoje, e não afirmo
isto por experiência própria dado que a menina da mamã ainda é uma bebé, mas
pela partilha de tantos testemunhos de outras mamãs, acabam por ter um horário
apertado que concilia escola e várias actividades, a par das rotinas do banho e
das refeições. Acabam por ficar quase sem momentos livres para poderem brincar, viver as
suas histórias de princesas, piratas e dragões e entrarem no seu mundo mágico.
Por outro lado, o acesso a muita
informação, impulsiona o crescimento delas [crianças] de forma exponencial, sem haver uma
maturidade que acompanhe esse mesmo crescimento.
É aqui que nós, mamãs e papás, entramos com
a sábia dose de equilíbrio, que também vamos aprendendo e melhorando, para
pegarmos nas mãos dos nossos filhos e lhe abrirmos as janelas do aqui e agora,
para que eles sejam mais crianças e vivam o mundo com a tranquilidade
necessária.
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