A menina da mamã está constipada, com muita tosse e o nariz entupido... O receio de uma nova bronquiolite a caminho deixou-nos muito preocupados.
Hoje, fomos a uma consulta com a nossa pediatra, que observou e diagnosticou a boa notÃcia: são apenas as vias respiratórias superiores... Os brônquios estão limpos! Já medicada, dorme tranquila, a caminho da recuperação!
O melhor do meu dia, sem dúvida!
Joana Nobre Garcia
Pintar, cortar e coser são paixões que preenchem o seu quotidiano, criando objectos simples, mas com alma.
É responsável pela área administrativa/financeira de uma empresa da famÃlia e professora do 1.º ciclo de Costura Criativa no Real Colégio de Portugal. A par destas funções, é a criadora e proprietária da marca Rosapomposa, onde desenvolve padrões para tecidos; kits Corte & Cose com o objectivo de levar os trabalhos manuais até aos mais novos, de uma forma divertida e acessÃvel. Também lecciona workshops e cursos para adultos e crianças, de onde se pode destacar o Curso Certificado de Costura Criativa - nÃvel I. É presença assÃdua em vários meios de comunicação, nomeadamente nos programas Mais Mulher (SIC Mulher) e Praça da Alegria (RTP 1), colaborando, igualmente, com a revista (Nova Gente) Soluções. Desenvolveu também a sua própria revista online, a Make it, onde podemos encontrar vários trabalhos e ideias, bem como a divulgação de projectos e os rostos que lhes dão vida, na área da costura. Escreveu vários livros: Costura-Mania, Uma Casa para Costurar e Costurar é Divertido, todos cheios de projectos para colocar em prática. Colabora ainda com a loja de tecidos Santo Condestável, em Campo de Ourique.
Venham descobrir mais sobre a mamã Joana Nobre Garcia!
- Qual o significado do Natal para
si?
FamÃlia, partilha e estar com quem gostamos.
- Quais as vossas
tradições familiares desta época?
Passamos sempre o dia 24 com a famÃlia dos meus pais, sempre com tios,
primos, irmãos... uma casa muito barulhenta, mas cheia de alegria.
- O Natal e as
crianças: como mãe de três filhos, como é que eles vivem esta quadra?
O Natal cá em casa começa no dia 1 de Dezembro, quando colocamos os
primeiros enfeites. Depois, fazemos uma lista, vamos comprar material e é
só trabalhar! Pintar molduras, fazer uns doces e claro, uns presentes
costurados sempre com muito carinho e a pensar em quem os vai receber, são
sempre coisas simples, mas feitas com muita partilha e dadas com o coração.
- Quais os
projectos da Rosa Pomposa para este Natal?
Temos vários, vai sair dentro de dias mais uma edição da revista Make-it,
onde dou sugestões de decorações e presentes para oferecer aos amigos e
famÃlia.
Dia 8 de Dezembro, das 10-18h, na Rosapomposa, temos um mercado de Natal.
Natal Handmade, onde não só
temos um mercado, como vamos angariar bens para o Banco do Bebé e fazer um
workshop, onde vamos costurar mantas de retalhos para os bebés apoiados por
esta instituição.
- Presentes: quais
as suas sugestões?
Presentes feitos com amor e carinho, simples mas com muito significado,
esses sim são bons presentes!
- Uma receita
natalÃcia (um sabor que não possa faltar na ceia ou uma receita para partilhar)
Azevias de grão! ADORO! Já tentei fazer, mas não há melhores do que as
que a minha mãe têm em casa na véspera de Natal. São feitas por uma senhora
amiga da famÃlia e, desde pequena, estão sempre na mesa dos doces! Uma delÃcia!
Com as preocupações, uma noite mal dormida pois a menina da mamã continua com muita tosse e as correrias do dia de hoje, um duche quentinho restaurou corpo e alma!
Como tantas mamãs, ando preocupada com bebé pois ela está constipada. Da última vez que isso aconteceu, degenerou em bronquiolite... Com os vÃrus espalhados em força por todo o lado, é complicado mantê-los do lado de fora, pois não andamos em redomas.
Estive o dia todo a pensar nela e na hora de a ir buscar a casa dos avós, para ver como é que ela estava. Encontrei-a a dormir, tranquila e quando acordou, brindou-nos com o seu sorriso mais feliz!!
É tão bom chegar a casa, que se transforma sempre através do amor e das pessoas que nela habitam!
A Menina da Mamã está a começar a mostrar a sua veia dramática, em diversos momentos e actividades, por perÃodos mais ou menos prolongados. Quando alguma coisa não lhe agrada, os olhinhos enchem-se de lágrimas e começa o berreiro:
- na mudança da fralda, porque quer estar sentada e não deitada;
- sempre que há mudanças de roupa, pelo mesmo motivo referido atrás;
- quando fica na sua caminha, durante breves instantes e a mamã ou o papá vão encher a banheira para o banho;
- na hora da refeição, porque sim;
- durante a noite, porque sim, também (isto depois de excluirmos qualquer desconforto, falta de chucha, fome, febre ou dores).
A bebé tem a quem sair, pois a mamã também tem uma tendência (moderada, pois claro) para o exagero, nas preocupações e nas reacções. Quem sai aos seus...
Mas também a vida não seria a mesma sem adicionar uns pontos de exclamação, aqui e além, não é verdade?
Ficamos em casa todo o dia, quentinhas... Brincamos, rimos, sonhamos ... Ao fim da tarde, cantamos e dançamos juntas, mamã e menina, ao som de músicas natalÃcias... Sem dúvida, um dia feliz!
Chove lá fora, onde o Outono já nos começa a dar o gélido abraço que precede o Inverno. Mas aqui em casa, está quente, por dentro e por fora... Estamos os três, juntos, com um fim de semana inteiro pela frente, com a lareira a crepitar e um chá a fumegar... É muito bom estar em casa!
A par do Mickey, há uma personagem de quem a menina da mamã gosta imenso... É uma baratita de um vÃdeo, e tem mesmo de ser esse vÃdeo, com a música A Barata Diz que Tem.
E sabe tão bem ver o sorriso da minha bebé!
Agora, adormeceu com esta canção cantada bem baixinho pela mamã...
Magda Dias
Criou a formação ‘A Arte e Ciência de Educar Crianças Felizes’ para divulgar os estudos que faz sobre o que se escreve nas áreas da Educação e Parentalidade Positiva, da Pedagogia, da Ciência da Felicidade e da Psicologia Positiva.
A par das suas funções de formadora, consultora e oradora, exercidas desde 2002, é também Directora de Recursos Humanos numa PME, na zona do grande Porto e partilha os seus pensamentos no seu blog ‘Mum’s the Boss’, onde escreve sobre os temas apresentados acima. Poderão também aceder à página Parentalidade Positiva.
Continuamos a nossa viagem até ao Natal, guiados pelo olhar out of the box e sempre inovador de Magda Dias!
- Qual o significado do Natal para si?
É uma época que se torna mágica por causa das crianças. E quantas mais, melhor!
Por outro lado, e quando o passamos fora, na terra do pai, torna-se ainda mais bonito porque há neve, há casas cheias de luzinhas cá fora, há tradições que não são as nossas e que, ainda assim, nos parecem tão familiares.
- Quais as vossas tradições familiares desta época?
Com o nascimento dos miúdos, o Natal consolidou e trouxe ainda mais magia aos rituais que nós já tÃnhamos lá em casa.
Com a chegada do mês de Novembro, inicia-se lá em casa uma série de rituais mais caseiros porque nos viramos para dentro de casa. São eles a preparação e execução do calendário do advento, da celebração dos amigos, dos almoços ao Sábado, das saÃdas ao parque mais especiais. São eles também o S. Nicolau, as bolachas, a carta ao Pai Natal ou o dia de Reis, por exemplo.
- O Natal e as crianças: como mãe de uma menina e de um menino, como é que eles vivem esta quadra?
Este vai ser o primeiro Natal do Gaspar – vai passá-lo num ambiente de neve, sem o tradicional bacalhau à mesa. A mais velha está já a escrever cartas ao Pai Natal, a desenhar os presentes que quer receber e ficou a saber que o Pai Natal vive no Pólo Norte parte do ano. A outra parte é numa ilha, ao sol, que também merece.
- No âmbito da parentalidade positiva, que desafio gostaria de lançar às mães, e aos pais também, neste Natal?
Sem dúvida, o calendário do advento. E porquê?
Como já disse muitas vezes, não há milagre nenhum, dica ou truque que funcione quando o vÃnculo com os nossos filhos não é bom e forte.
Como sabe, não é aquilo que me dizem que conta e sim aquilo que fazem. Com os miúdos é igual - eles sentem que pertencem à famÃlia, que são 'tidos e achados' quando os incluÃmos nas actividades, quando permitimos que decidam, quando fazem coisas fixes connosco.
O Natal é uma época mágica e também é uma época de muitas expectativas e frustrações.
- Presentes: quais as suas sugestões?
Um só presente por ano – um presente que tenha significado, que adicione valor ao crescimento da criança.
Não tenho nenhuma sugestão – cada criança é única e os pais devem compreender o que é que pode ser interessante para ela.
[claro que depois há os outros presentes dos amigos e familiares mas sinceramente gosto da ideia de haver só um bom presente – que nem tem de ser caro!]
- Uma receita natalÃcia (um sabor que não possa faltar na ceia ou uma receita para partilhar)
As nossas bolachas! E ainda por cima são um ritual cá em casa. Toda a gente faz bolachas, é verdade. Por isso é que é importante criar-se um momento, prepará-lo com os miúdos e fazer toda uma cerimónia. Não dá trabalho nenhum mas com a cerimónia toda eles vão ficar super entusiasmados! E é isso que nós queremos – esse entusiasmo que se cola à pele e que cria óptimas memórias!
A semana não começou bem, principalmente porque a menina da mamã não melhorou dos problemas intestinais. Passei o dia, sempre preocupada até falar com a nossa pediatra e ficar, então, mais tranquila. O meu coração de mãe esteve angustiado, não conseguindo concentrar-me em coisa nenhuma, não tendo paciência para nada, nem ninguém.
Estava a precisar de não pensar em nada complicado e acreditar em finais felizes... O meu lado de criança adora histórias de encantar e não perco um episódio da série Era Uma Vez, que iniciou hoje a sua 3. Temporada, no AXN White. Soube muito bem sentar-me, finalmente, no sofá, com a menina da mamã e perder-me nas aventuras em que o amor tudo supera!
O dia de hoje foi pontuado por muito choro e rabugice, resultantes do mal estar inerente aos primeiros dentes.
A menina da mamã está um poço sem fundo de miminhos e colo, o que tornou qualquer tarefa diária muito difÃcil de concluir. O sono é leve e sabe melhor quando a mamã ou o papá estão de pé.
Conclusão, as minhas costas estão que nem podem, os braços nem os sinto, os olhos querem fechar-se.
A par deste quadro, a mudança de fralda sucede-se a uma velocidade vertiginosa, cheias de presentes mal cheirosos... Deu mesmo direito a uma muda integral de roupa.
A minha almofada parece uma visão do outro mundo, à qual tanto desejo encostar a cabeça e ir, finalmente, dormir!!!!
Todos os dias têm, normalmente, como ponto alto os momentos que passo com a menina da mamã e com o papá, o que transformaria este exercÃcio diário em repeat...
Os fins de semana, em particular, tornariam esta escolha ainda mais difÃcil, pois aproveitamos ainda mais para estarmos todos juntos.
Mas o dia de hoje foi marcado por um reencontro muito especial: pude rever amigas queridas, do tempo da faculdade e conhecer pessoalmente todos os filhos que foram nascendo, entretanto. Sorrisos, conversa, as crianças a brincar e um lanche delicioso tornaram, sem dúvida, este momento no melhor do meu dia!
Começamos a viver os dias das inflamações das gengivas, da super produção de saliva, dos desarranjos intestinais... Enfim, chegaram os dias dos dentes de leite quererem começar a despontar.
A menina da mamã, como todos os bebés, está a passar um mau bocado e nós, mamã e papá, sentimo-nos de pés e mãos atados para a podermos ajudar de forma eficaz.
Claro que estamos a utilizar formas de alÃvio, como um gel gengival para massajar, objectos próprios para ela morder, muita paciência e muitos miminhos...
Faz tudo parte do processo de crescimento da bebé e nosso, também.
Muito em breve o sorriso da menina da mamã estará diferente, mas sempre deslumbrante!
Ontem, partilhei convosco o melhor do meu dia de aniversário.
Hoje, partilho convosco o meu entusiasmo ao iniciar o exercÃcio diário de reflectir sobre o que vivi, o que senti e escolher o que de mais positivo me marcou nesse dia!!
É verdade, A Menina da Mamã juntou-se à lista crescente de blogs que já fazem parte do movimento O melhor do meu dia, uma iniciativa das bloggers Catarina Beato e Ana Peixoto de Almeida, os rostos por trás de Dias de uma Princesa e Ma Petite Princesse, respectivamente.
Não sendo uma pessoa particularmente positiva, agarro esta oportunidade para crescer, para melhorar como pessoa, como mãe, como mulher.
Em vez de me ir deitar a remoer no que não correu bem, no que me deixou irritada, no que me deixa preocupada, vou fazer uma pausa e respirar fundo... Vou abrir o meu dia e olhar para ele, como quem olha para um pequeno filme em câmara lenta... Vou reter a melhor imagem e reconciliar-me com o resto.
Não vai ser fácil, mais vai ser muito bom!
Cristiana Resina
Sendo uma criança cheia de criatividade e com a imaginação povoada de histórias de encantar, encontrou, precocemente, no desenho a sua forma de expressão. Do papel às paredes e muros, esta paixão não encontrou fronteiras e continuou sempre a crescer.
Já adulta, começou a dar vida a bonequinhos em telas, para oferecer a amigos. Os pedidos foram aumentando, expandindo progressivamente o seu trabalho para acessórios e móveis.
O seu percurso académico conduziu-a à s Ciências da Comunicação, onde, após a conclusão do curso, viria a trabalhar na área da produção, durante um breve perÃodo.
É nesta fase que surge o projecto e a marca de decoração infantil com o seu próprio nome. A distribuição dos seus artigos artesanais inicia-se através de diversas lojas nacionais. Mais tarde, nasce a primeira loja/showroom próprio, que viria a mudar-se de Telheiras para o tradicional bairro de Campo de Ourique.
A ilustração ganha também nova dimensão, ao publicar, com Sara Rodi, os livros da colecção Clássicos a Brincar e Maria & Sebastião.
O seu trabalho como decoradora tem-se estendido a espaços públicos (onde as vertentes social e ecológica nunca são esquecidas) e privados, nomeadamente centros médicos, escolas e pousadas.
A colaboração com o programa Querido Mudei a Casa (SIC Mulher) tem também marcado presença na transformação dos quartos de criança.
Venham conhecer o talento criador da mamã Cristiana Resina! (http://www.cristianaresina.com/)
- Qual o significado do Natal para ti?
O Natal é a minha altura do ano preferida. Talvez porque ainda gosto de acreditar em magia.
Adoro as decorações, as luzes, os doces, as palavras e gestos trocados, o brilho de ansiedade nos olhos das crianças, e esse sentimento de partilha e de dádiva que está por toda a parte.
Gostava que o Pai Natal existisse e que ninguém ficasse esquecido, pelo menos durante esta noite. Que todos tivessem direito aos seus sonhos nem que fosse uma vez por ano.
Todos os anos, gosto de fazer de "Pai Natal" junto de alguém, ajudando de alguma forma. Os meus filhos já colaboram e aprendem que nem todos os natais são dourados.
- Quais as vossas tradições familiares desta época?
O Natal começa a ser preparado cedo. Talvez por influência do meu trabalho, que me obriga a pensá-lo quando ainda o outono mal começou.
Começamos por fazer uma listinha de todos aqueles a quem vamos oferecer alguma coisa e passamos a estar mais atentos a ideias para presentes e enfeites.
Em novembro, escrevemos a carta ao Pai Natal, com muitos desenhos à mistura, para que não haja enganos ou trocas!
Iniciamos também a minha parte preferida: os fins de semanas "crafty", onde criamos e executamos os vários presentes caseiros. Há uns anos, combinámos apenas oferecer prendas "compradas" às crianças. Entre adultos, trocamos presentes feitos por nós. Há dois anos, foi o "kit gourmet" (com produtos biológicos produzidos por nós); no ano passado, bijutaria feita com pedras da praia, este ano... surpresa! Os embrulhos condizem com o conteúdo: pensados ao pormenor, decorados com o talento e bom gosto da criançada.
Para as decorações da noite e dia natalÃcios, o processo é o mesmo: trabalhos aos fins de semana, entre passeios agasalhados por blusões quentinhos para apanharmos troncos e folhas secas, e atividades manuais interrompidas por panquecas e chocolate quente (o lanche eleito desta época do ano).
O Natal propriamente dito é passado entre primos, tios e avós, com direito a uma surpresa depois de abrirmos as prendas: um teatro, uma construção, um desafio...
- O Natal e as crianças: como mãe de dois filhos, como é que eles vivem esta quadra?
Adoram o Natal! O mais pequeno, apesar de ainda ter apenas dois anos, deixa-se influenciar pelo entusiasmo da irmã mais velha e anda animadÃssimo com os preparativos. Tem medo do Pai Natal, mas também muito respeito: quer fazer parte da sua lista!
O Natal para eles é uma altura muito plena: estamos sempre ocupados com algo de novo, com algum projeto interessante, com algum passeio inesperado.
Quando termina, parece que fica uma sensação de vazio.
- De que cores se veste o Natal Cristiana Resina?
Sou muito tradicional nas cores natalÃcias: gosto do branco, do vermelho, do dourado, dos tons de madeira. Gosto das decorações nórdicas, simples mas acolhedoras. Gosto dos elementos da natureza a entrarem nas casas, ou mantendo os tons originais, ou transformados por tintas e aplicações. As luzes são essenciais para dar aquele toque de magia.
Na loja, como tem as suas próprias cores voltadas para a decoração infantil, cheguei a fazer um Natal em rosas e azuis. Ficou bonito, mas tinha pouco do Natal que conheço. Passei a recorrer às cores tradicionais.
A decoração de Natal, acima de tudo, tem de criar um ambiente envolvente e confortável. Onde a magia não pode faltar.
- Presentes: quais as tuas sugestões?
Mesmo quando os presentes são comprados, gosto de acompanhá-los com algo feito por nós. Tem outro valor, pois foi pensado e executado a pensar naquela pessoa.
Claro que, com crianças, nunca podem faltar os presentes pedidos por elas com base no que vêem na televisão. Mas sugiro que os tentem balancear com outros, feitos por artesãos talentosos e criativos, que se espalham por blogues e feirinhas de rua.
- Uma receita natalÃcia (um sabor que não possa faltar na ceia)
Sou uma viciada em fatias douradas! Principalmente as dos meus pais, com aquele pão especial e muita calda de açúcar. Como-as à sobremesa, ao lanche e, sim, ao pequeno almoço! Um mau exemplo para os meus filhos... Mas o Natal é só uma vez por ano...
Também adoro trouxas de ovos e, na minha famÃlia, há uma receita que tem passado de geração para geração e que, supostamente, não podemos ensinar a ninguém. Sinceramente, nunca consegui fazê-las bem. Mas o meu marido, que cozinha lindamente, está aprovadÃssimo!
No muitas vezes desolador tempo de Outono, que o mês de Novembro costuma oferecer, enchendo os nossos dias de chuva e vento, surgem aqueles momentos especiais do Verão de S. Martinho... Dos quais tenho, também de vez em quando, o benefÃcio de bafejarem o meu aniversário... Que está quase, quase aÃ.
Sempre adorei ouvir a história do santo padroeiro deste dia, da sua generosidade ao cortar a capa para partilhar com um homem que tanto necessitava de um abrigo e finalmente do milagre em que o Outono se fez Verão! Espero que a menina da mamã também venha a gostar!
Por calhar, este ano, numa 2. Feira, não pudemos preparar nada de muito especial, mas ainda houve tempo para um mini magusto, com caldo verde, pão, chouriço e morcela, a terminar com as incontornáveis castanhas!
Muitas vezes, ouvimos dizer "os meus amigos são a famÃlia que eu escolhi". Os amigos surgem normalmente de felizes acasos, em que a confiança, o apoio e o riso brotam espontaneamente e à s vezes da forma mais improvável, nem sempre se tornando, contudo em "famÃlia".
De facto, não escolhi a minha famÃlia de sangue, nasci no seu seio e não podia ser mais feliz e apoiada!
A famÃlia que formei é o fruto de uma escolha de amor.
Já sendo mamã, continuo a ser filha e a poder aninhar-me no abraço apertado da minha mãe e do meu pai. Sou irmã e tenho uma mana mais velha, com mais experiência e com um ombro sempre pronto para me acolher. Sou mulher e tenho o melhor marido do mundo, cuja mão segura sempre na minha. Sou nora e sou acolhida de braços abertos. Podia continuar por aqui em diante, passando por toda a famÃlia...
Sou mamã, e não há nada que possa superar o ter a minha filha nos meus braços, com as suas festinhas e o seu sorriso!
A vida passa demasiado rápido, as crianças crescem demasiado depressa e envelhecemos na mesma medida.
Por isso, nunca é demais dizer à minha famÃlia o quanto é importante para mim e o quanto os amo, demonstrando-o todos os dias, mesmo quando as coisas não são fáceis.
Sanda Vuckovic Pagaimo
Nascida no seio de uma famÃlia numerosa, na actual Bósnia, sempre teve a cozinha no seu coração. A sua infância foi marcada pelos suaves aromas de pão acabado de fazer ou a baunilha.
O seu percurso académico conduziu-a à s Tecnologias de Informação e a uma carreira exigente, que estava longe de a realizar, privando-a de tempo para a famÃlia.
Um dia, tomou a decisão de concretizar o seu sonho de ter o seu próprio projecto, envolvendo comida, fotografia e food styling - Nascia o Little Upside Down Cake, que trabalha exclusivamente com produtos de origem biológica, certificados pela Sativa. Podemos encontrá-los através da sua página http://www.littleupsidedowncake.com/, bem como nas lojas Miosótis e Amor Bio.
Vamos continuar com a nossa viagem até ao Natal, através do olhar materno de Sanda Vuckovic Pagaimo
- Qual o significado do Natal para ti?
Antes de vir para Portugal, vivia num ambiente multi-religioso. Em casa nunca celebrávamos feriados religiosos mas visitávamos amigos, vizinhos e conhecÃamos feriados de muitas religiões. Para mim qualquer um deles tem o
mesmo significado: juntar pessoas, conviver, partilhar a comida e bons momentos... o Natal não é diferente e hoje em dia celebro-o em casa, mas não ligado à religião. É um dia especial onde nos juntamos todos a mesa e convivemos.
- Quais as vossas tradições familiares desta época?
O Natal para nós começa a 1 de Dezembro, quando os meus filhos iniciam a contagem decrescente até dia 25. Fazemos um calendário de Natal com saquinhos de doces para cada dia, de 1 a 25 de Dezembro. A ansiedade e
excitação aumenta a cada dia atá ao dia de Natal. Depois de jantar e conviver, no dia 24 dormimos todos na sala, as crianças montam os colchões no chão por baixo da árvore de Natal... porque eles querem muito apanhar o
Pai Natal a deixar as prendas... até já houve avistamentos mas nada de muito concreto.
- O Natal e as crianças: Como mãe de dois filhos, como é que eles vivem esta quadra?
O Natal é muito especial para eles. Eles vivem-no com muita alegria e esperança. Decoramos a árvore de Natal, a mesa do Jantar, fazemos o calendário, prendas... e isso tudo faz deste dia um dia muito especial.
- O que nos propõe a Little Upside Down Cake para um Natal biológico?
Como a maioria de nossos produtos são doces, acho que eles todos se enquadram no Natal... a escolha depende dos gostos. Bolachas, muffins, cupcakes, bolos, tartes... a lista é infinita,mas os ingradientes têm de ser da estação e bio.
- Presentes: quais as tuas sugestões?
Infelizmente acho que a época NatalÃcia hoje em dia torna-se muito consumista. Nós tentamos sempre fazer prendas em casa para amigos e
famÃlia. Essas prendas para mim têm mais significado, porque são feitas com amor.
Decoramos a árvore de Natal com bolachas de gengibre que as crianças adoram fazer (e comer). Fazemos bolachas, compotas, chuttney, azeites aromatizados para oferecer...
Eu sei que hoje em dia é difÃcil ter tempo para isso, mas se não conseguir fazer pelo menos compro prendas de produtores locais...
- Uma receita natalÃcia
Bolo de Limão e Gengibre ( receita adaptada da Sweet Paul Magazine)
225 gr. de manteiga amolecida
250 gr. de açúcar
4 ovos
Raspas e sumo de 3 limões
360 gr. de farinha
¾ colher de chá de fermento em pó
½ colher de chá de sal
2 colheres de chá de gengibre em pó
100 gr. de natas azedas (sour cream)
50 gr. de gengibre cristalizado
1 colher de sopa de açúcar em pó
Pré-aqueça o forno a 175Cº.
Num recipiente, bata o açúcar com a manteiga até obter um creme homogéneo, de cor clara. Junte os ovos, um de cada vez.
Misture a raspa de limão. Junte as natas azedas (sour cream).
Num outro recipiente, misture a farinha, o sal, o fermento em pó, o gengibre em pó e também o cristalizado. Adicione esta mistura ao creme de manteiga e envolva.
Deite a massa numa forma untada e coloque no forno durante 50 a 60 minutos, verificando com um palito se já está cozida.
Misture o sumo dos 3 limões com o açúcar em pó, e aqueça.
Quando retirar o bolo do forno, deite, imediatamente, por cima o sumo de limão quente e deixe arrefecer.
Tenho falado muito do Natal… Desde histórias que me transportam até esta quadra, passando pela decoração, tradições, peças de roupa infantil para o perÃodo das Festas até ao espaço dos Olhares Maternos, aqui no blog.
Nesta época, há um grande apelo ao consumo, em todos os media, ao qual eu também não tenho resistido, ao falar em tantas sugestões:
- Os anúncios na televisão, que deixam os mais pequenos de cabeça perdida (e os pais também),
- As listas de prendas que muitas publicações sugerem;
- Os jingles nas rádios;
- Os outdoors gigantescos das campanhas de Natal;
- As “montras deliciosas” e disponÃveis a qualquer hora, no Facebook e em outras redes sociais;
Com o perÃodo que a economia portuguesa atravessa, é cada vez mais difÃcil contornar estes apelos, sendo os presentes feitos em casa uma alternativa para os adultos (compotas ou biscoitos caseiros em embalagens giras já fizeram parte das minhas opções). Para as crianças, o caminho tem normalmente de ser o mais tradicional, indo ao encontro do pedido ao Menino Jesus ou ao Pai Natal (conforme as tradições familiares), sem ceder a excessos. Não posso deixar de referir, aqui, que a troca de presentes está longe de ser uma prioridade e muito menos uma obrigatoriedade… Para mim, são apenas pequeninas formas de dizer “lembrei-me de ti e quis dar um carinho”.
Não é o valor, é o gesto que marca.
A minha perspectiva, até agora, tem sido sempre do ponto de vista familiar. No entanto, o espÃrito do Natal vai muito mais além da esfera familiar em sentido estrito… É um espÃrito altruÃsta, comunitário, cheio de fé e esperança num mundo melhor e mais justo.
Um espÃrito que devia persistir durante todo o ano, todos os dias.
É por isso que gostaria de falar de voluntariado, que nos permite fazer de nós próprios “presentes” e ajudar.
Já fui voluntária durante vários anos na recolha de bens alimentares, através das campanhas promovidas pelo Banco Alimentar contra a Fome. Polémicas à parte, é uma instituição que desenvolve um trabalho muito importante e cada vez mais insuficiente para dar resposta a todos os pedidos de ajuda.
Gostaria também de falar da Comunidade Vida e Paz e da Legião da Boa Vontade cujas missões, entre muitas outras áreas, também se focam no apoio à população em dificuldade extrema, nomeadamente os sem abrigo, sem esquecer os projectos de reintegração.
Deixo aqui os links para ficarem a saber mais sobre o voluntariado nas organizações que referi:
Sara Rodi
A paixão pela escrita foi precoce, traduzindo um sonho em palavras, logo aos 6 anos... A inspiração não parou de crescer e deu origem a romances como A Sombra dos Anjos e Frio. Seguiu-se o guionismo , com participação activa no processo de escrita de várias novelas, como Mundo Meu ou Vingança e séries televisivas como Uma Aventura ou Maternidade. Criou o projecto O Livro da Minha Vida (https://www.facebook.com/pages/O-LIVRO-DA-MINHA-VIDA/315715990619) em conjunto com Ana Correia Tavares, dando voz a histórias pessoais, vividas ou imaginadas.
Os livros infantis marcam também o seu percurso, como os tÃtulos da colecção Clássicos a Brincar.
Nesta viagem pelo seu universo criativo, não podemos esquecer os romances históricos como D. Estefânia - Um Trágico Amor e D. Teresa de Távora - A Amante do Rei.
A esfera blogger também não lhe é estranha e poderão acompanhá-la através dos seus blog's: http://sararodi.blogspot.pt/ e http://coisasdepais.blogspot.com.
Venham conhecer a autora e mamã Sara Rodi e o seu olhar sobre o Natal!
- Qual o significado do Natal para ti?
É sobretudo uma festa que apela aos nossos bons sentimentos. Celebra-se o nascimento de Jesus, uma criança que mudou o mundo. Fala-se no Pai Natal, um velhinho que leva sorrisos à s crianças. E por todo o lado há uma certa magia no ar. Fazemos por nos lembrar de quem gostamos, ajudamos quem precisa, sorrimos na rua… O Natal devia ser todos os dias mas, não sendo, já é positivo haver uma época do ano em que tentamos ser melhores e fazer a diferença na vida dos outros.
- Quais as vossas tradições familiares desta época?
Em Novembro montamos a árvore e escrevemos a carta ao Pai Natal, num dos fins-de-semana mais maravilhosamente caóticos do ano. Com jeitinho, a árvore resiste até Janeiro. Com sorte, os desejos expressos nas cartas chegam aos ouvidos da famÃlia, sempre disposta a dar uma ajudinha ao Pai Natal.
Em meados de Dezembro começam as férias, que é sempre uma altura recheada de bons programas e, se não chover, também propÃcia a bons passeios. No meio da confusão, preparo as roupinhas de Natal - esta é uma das poucas alturas do ano em que os meus filhos mais velhos ainda me deixam vesti-los a condizer com os irmãos mais novos. Vamos ver o que acontece este ano…
Na véspera e dia de Natal, dividimo-nos entre a casa da avó materna e a dos avós paternos. Como há vários primos num lado e no outro, a algazarra é garantida, sobretudo na altura de abrir os presentes. Felizmente já não se oferecem tantos, tende-se para uma saudável contenção, o que tem reduzido o excesso de confusão e nos tem dado mais tempo para conviver.
- O Natal e as crianças: como mãe de quatro filhos, como é que eles vivem esta quadra?
Por eles, era sempre Natal. Gostam dos preparativos, das ruas decoradas, das festas de Natal, dos doces, dos presentes, das brincadeiras, dos passeios… E claro que o entusiasmo deles contagia. É um perÃodo cansativo, mas ver a alegria deles é tudo!
- No âmbito do projecto O Livro da Minha Vida, que história de Natal incluirias no teu?
Talvez as vezes em que, à falta de lareira, fui espreitar o exaustor do fogão, com esperança de ver o Pai Natal. Um dia trouxe-me do reino dos brinquedos uma linda guitarra de brincar.
Na adolescência, recebi num Natal uma guitarra a sério, já não do Pai Natal, mas dos meus pais que, coitados, nunca mais tiveram sossego…
Depois de ser mãe, todos os Natais voltaram a ser especiais. No Livro da Minha Vida teria de deixar registados os teatrinhos em casa dos avós; as chuchas deixadas ao Pai Natal, na lareira; as brincadeiras entre os primos; a alegria na hora de receber os presentes… O Natal, por si só, daria um lindo capÃtulo no meu livro.
- Presentes: quais as tuas sugestões?
Eu tenho a alcunha de “tia dos livros”... Gosto muito de pensar no livro certo para cada criança e até para cada adulto (e, pelo meio, lá ofereço alguns dos meus…). Acredito que há sempre o livro certo para cada pessoa.
Também gosto de jogos didáticos, como os kits da Science4You ou os jogos de tabuleiro da MESAboardgames. São ambas empresas portuguesas a fazer um trabalho muito interessante, nesta área.
- Uma receita natalÃcia (um sabor que não possa faltar na ceia)
Nunca pode faltar o bolo rei da Garrett e o perú recheado, no Natal de Cascais, nem as filhós da D. Conceição e o cabrito assado no forno, no Natal de Évora.